Entrevista com Presidente do Sindafisco foi destaque no Dia Mundial do Meio Ambiente

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Entrevista com o Presidente do Sindafisco, Mauro Roberto da Silva, foi destaque no tabloide especial do jornal Diário da Amazônia no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 05 de junho. O assunto foi tributo como instrumento de diminuição da degradação do meio ambiente e incentivo ao desenvolvimento sustentável.

A campanha voltada à conscientização sobre a preservação do meio ambiente é realizada todos os anos em Rondônia, numa ação conjunta que envolve o Diário da Amazônia, a Rede TV Rondônia e a Rádio  Globo (1.310 AM) –veículos  do Grupo SGC (Sistema Gurgacz de Comunicação).

O tabloide especial do Dia Mundial do Meio Ambiente, que destacou a entrevista com o Presidente do Sindafisco, foi encartado em toda a tiragem do jornal que circula em todo o Estado, e ainda foi distribuído por meio de pit stop em pontos estratégicos da Capital.

Segue a entrevista:
 

 

Quando o tributo se torna instrumento para a preservação ambiental?

Primeiro vamos entender que o tributo possui a finalidade fiscal arrecadatória, quando visa arrecadar, carrear recursos para os cofres públicos, provendo a manutenção do Estado e recursos para os investimentos necessários em prol da população. Já ao que chamamos de tributo com a finalidade extrafiscal, é quando objetiva intervir numa situação social ou econômica, onde estão inseridos os incentivos fiscais, que são essenciais na preservação do meio ambiente, servindo como instrumento eficaz de diminuição e interrupção da degradação ambiental, e apara o desenvolvimento sustentável.

A quem devem se destinar os incentivos fiscais?

Podem ser administrados nos casos de doações para entidades com fins ambientais, às empresas que desenvolvem projetos ou serviços vinculados à sustentabilidade ambiental, proteção do meio ambiente, ou de fomento à preservação de áreas verdes. O objetivo é estimular as iniciativas ecológicas ou gratificar as que já existem. No entanto, é necessária uma verificação técnica. Não basta apresentar um projeto na área ambiental imaginário, apenas no papel. Ele precisa ser concreto. E isso tem que ser constatado antes de qualquer tipo de incentivo fiscal. Nesse sentido seria importante a integração entre os órgãos de fiscalização Sefin, Sedam, Idaron e Ibama.

Rondônia tem cumprido seu papel no direcionamento dos tributos para o desenvolvimento sustentável?

A Constituição de 88 traz princípios e fundamentos voltados à proteção ambiental, o que exige uma intervenção do Estado para efetivar essa determinação, podendo fazer o uso dos recursos e medidas tributárias para criação de políticas públicas ambientais, bem como a prática da extrafiscalidade ambiental, que são os incentivos fiscais. Em relação a Rondônia, não temos avançado muito em comparação a outros Estados. Posso usar como exemplo o ICMS Ecológico, recurso que é repassado aos municípios que abrigam em seus territórios Unidades de Conservação, visando a promoção do desenvolvimento sustentável. Mas este objetivo não tem sido alcançado. Guajará-mirim é uma prova clara disso. Com mais de 90% de área reservada em seu território, Guajará é, proporcionalmente, o município que recebe maior repasse proveniente do ICMS Ecológico. O que consiste no aumento significativo da arrecadação, no entanto, não está havendo significativo reflexo na sustentabilidade ambiental. Esta, inclusive, foi a conclusão de uma importantíssima pesquisa realizada naquele município pela colega auditora fiscal Maria do Socorro Barbosa, referente à dissertação de mestrado.

 

 

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