CONSULTA URGENTE!

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Prezados Senhores,

Bom dia!

A Diretoria Executiva da Fenafisco lhes formula a seguinte Consulta, necessária para instaurar debate prévio a uma eventual tomada de decisão acerca do modo como as nossas entidades (Fenafisco e Sindicatos) deverão se conduzir neste momento tão grave da vida nacional.

Peço-lhes máxima atenção e celeridade no trato do tema aqui apresentado.

Antecipamos que, dada a complexidade e alcance da matéria, convém não adotarmos posições que não reflitam um amplo consenso das nossas entidades.
A Consulta que segue é precedida de um texto de contextualização.
Vamos lá!

Contextualização

Estamos no meio de uma tempestade política de grandes proporções, com força suficiente para causar danos irreparáveis às condições de vida do povo brasileiro em geral e do setor público em particular.

A velocidade dos acontecimentos políticos apresenta-se muito superior à nossa capacidade de ação e reação.
Há um largo fosso a separar o ritmo e os processos internos de discussão da Fenafisco e a conjuntura política.

O governo Temer dá sinais de que não resiste a 2017, enlameado até o pescoço com as delações da Odebrecht. Acontece que as elites financeiras e midiáticas (que exercem o poder de fato), não querem correr o risco de encerrar 2016 sem a aprovação do novo regime fiscal (PEC 241, PEC 55) e da reforma da previdência (PEC 287).

Mesmo com o governo federal e o comando das duas casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) em frangalhos, a ordem é acelerar e concluir essas reformas o quanto antes (já!).

Os artífices dessas reformas não querem correr o risco de deixar esse pacote de maldades para o próximo ano, porque observam o agravamento da crise política e o avanço da resistência popular.

A Fenafisco pode desempenhar um papel mais ativo diante dessa conjuntura, somando forças com os seus sindicatos filiados e com os demais movimentos sociais que lutam contra essas reformas, mas também se posicionando firmemente sobre o mérito dessas reformas (como já o fez, por exemplo, com a Carta de Belém, aprovada no XVII Conafisco) e sobre o próprio caráter do governo Temer.

A Fenafisco tem a oportunidade de colocar-se ao lado do povo brasileiro neste momento tão grave da vida nacional.

Cresce o sentimento de intolerância social com o governo Temer, o que está expresso na recente pesquisa do Datafolha, que também revela a vontade do povo de eleger o (a) novo (a) presidente do Brasil.

Avulta a campanha por eleições diretas para Presidente da República, de maneira a afirmar a soberania popular e de assegurar que o Brasil tenha um governo legitimado pelo voto.

Desta feita, mais do que para resgatar a soberania popular, única fonte de poder legítimo da democracia, as eleições diretas são talvez a única maneira de barrar as Pec’s da morte, prestes a se tornarem realidade.

Isto posto, a Diretoria Executiva da Fenafisco formula aos sindicatos filiados, a Consulta a saber…

Consulta

Ganha as ruas uma campanha popular em favor de eleições diretas para Presidente da República, em razão da grave crise política e institucional e das denúncias de corrupção que abalaram a República.

1. Deve a Fenafisco posicionar-se em favor de eleições diretas para Presidente da República?

2. Em razão da grave crise política e institucional e das denúncias de corrupção que abalaram a República, deve a Fenafisco defender a paralisação imediata das reformas de Temer, até que todas as denúncias sejam devidamente apuradas e os responsáveis punidos?

Charles Alcantara
Presidente da FENAFISCO

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