Campanha pela derrubada do veto da Dilma contra a Auditoria Cidadã da Dívida Pública

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Está ganhando volume nas redes sociais a campanha coordenada pela ONG Auditoria Cidadã da Dívida pela derrubada do veto da  presidenta Dilma Rousseff à proposta para que fosse realizada uma auditoria do passivo federal, com a participação de auditores independentes e instituições da sociedade civil.

O veto da presidenta  impede que possíveis desvios de recursos públicos, abusos contratuais e cláusulas draconianas sejam questionados nos contratos da dívida pública brasileira.

A CAMPANHA ‪#‎DERRUBAOVETO (http://www.auditoriacidada.org.br/derrubaoveto/) apresenta 10 motivos para derrubar o veto da Dilma contra a Auditoria Cidadã da Dívida Pública.

E convida: “Faça a sua parte! Pressione os Deputados e Senadores do seu Estado a derrubar o veto da Dilma contra o Projeto de Lei do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, em relação a auditoria da Dívida pública”.

Depois de 28 anos o Congresso Nacional aprovou a Auditoria da dívida pública com participação da sociedade civil. Mas a Dilma vetou.

Agora temos que derrubar o veto!

Para isso precisamos do voto de 257 deputados e 41 senadores.

Por isso você é fundamental nesse momento histórico.

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COMO COLABORAR PARA QUE A DÍVIDA PÚBLICA SEJA AUDITADA

1. Escolha 3 deputados e 1 senador para contatar. Os contatos de todos eles estão no site da campanha.

2. Ligue e envie e-mail solicitando que vote pela derrubada do veto presidencial à iniciativa 07BQ, do Objetivo 1095, do Programa 2039, do PPA 2016-2019: “Realização de auditoria da dívida pública com participação da sociedade civil”.

3. Se possível, tire foto ou grave um vídeo com o apoio do seu parlamentar e envie para auditoriacidada@gmail.com.

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10 MOTIVOS PARA A REALIZAÇÃO DA AUDITORIA DA DÍVIDA PÙBLICA

1. A auditoria da dívida está prevista na Constituição Federal de 1988, art. 26 do ADCT, mas nunca foi realizada.

2. Em 2009/2010, a CPI da Dívida realizada na Câmara dos Deputados encontrou diversos indícios de ilegalidade na dívida brasileira, apesar de diversos documentos terem sido negados à CPI pelo Banco Central e Ministério da Fazenda.

3. A Controladoria da União respondeu à CPI que nunca auditou a dívida.

4. A dívida pública é, de longe, o maior gasto do governo, consumindo quase R$ 1 trilhão por ano do orçamento público, sendo metade apenas para pagamento de juros.

5. A dívida pública representa quase 50% do orçamento federal, enquanto educação e saúde recebem menos de 4% cada.

6. Até hoje não se sabe exatamente de onde essa dívida surgiu, quais são seus contratos, porque pagamos esses valores e para quem são pagos.

7. Recentemente o Tribunal de Contas da União elencou dezenas de irregularidades na dívida pública e recomendou auditoria.

8. A sociedade que paga a conta tem o direito à transparência sobre a dívida pública e o direito de participar das investigações.

9. A auditoria da dívida já deu certo no Equador, que conseguiu anular 70% da dívida externa, liberando recursos para investimentos e desenvolvimento socioeconômico.

10. Quem não deve, não teme.

 

 

SAIBA MAIS:
A proposta da auditoria constava na lei do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, em uma emenda do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), acatada pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e posteriormente aprovada pelo Congresso (deputados e senadores), em Plenário. A auditoria da dívida é um objetivo antigo dos partidos progressistas, que criticam, principalmente, o percentual elevado do Orçamento destinado ao pagamento dos juros e do principal da dívida.
A associação civil Auditoria Cidadã da Dívida demonstrou, ao longo do ano passado — durante o prazo de tramitação da Lei —, que 46% dos gastos do governo federal foram destinados ao pagamento e amortização da dívida pública, o que equivale a quase R$ 1 trilhão. O valor divulgado pela associação foi apurado até o dia 1º de dezembro.  Uma consulta ao site do Senado de acompanhamento do Orçamento mostra que o gasto com a dívida pública no ano passado foi 25 vezes maior que o total de investimentos federais. O sistema do Senado aponta um gasto de R$ 962 bilhões com a dívida, ante R$ 38 bilhões em investimentos.
O argumento da presidenta, embasado em notas do Ministério do Planejamento, é o de que as informações sobre a composição e o pagamento da dívida são periodicamente divulgadas em relatórios do Tesouro Nacional e do Banco Central (BC), além de a gestão da dívida ser submetida a auditorias regulares da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). O governo alega também que a forma “abrangente” proposta para a auditoria poderia gerar um conflito no “pacto federativo”, uma vez que a dívida é composta também por obrigações contraídas por Estados e municípios. (Correio do Brasil)

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