Assassinatos de auditores fiscais causam insegurança e apelo por justiça

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A carreira de auditor fiscal faz tempo que está em evidência na comunidade acadêmica. O concurso, que é um dos mais concorridos do país, é meta de muitos estudantes que almejam um futuro com estabilidade. Mas a realidade de um auditor fiscal também está relacionada a desafios e riscos no exercício de atividades como investigações de fraudes, fiscalização e combate à sonegação fiscal.

Uma lista com nomes de agentes fiscais assassinados no Brasil foi divulgada pelo Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (SINDIFISCO) – crimes que permanecem sem resposta e que, em alguns casos, a investigação policial foi encerrada.  Em Rondônia, o auditor fiscal Armando Dalarte foi executado com quatro tiros quando chegava a seu posto de trabalho, em Ji-Paraná, no dia 19 de setembro de 2008.

Armando Dalarte tinha 59 anos e estava por 18 meses à frente da Delegacia Regional da Receita Estadual. Colegas informaram na época que ele estava empenhado em investigações que envolviam pessoas poderosas e influentes em Rondônia. Em setembro deste ano o assassinato de Dalarte completará sete anos e os responsáveis permanecem impunes.

OUTRO ASSASSINATO

Nesta quarta-feira, 08 de abril, o Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos Estaduais de Rondônia (SINDAFISCO) destacou em seu site institucional os nove meses do assassinato do auditor fiscal Robson Luis Santos Silva, ocorrido em Porto Velho no dia 08 de julho do ano passado. Ele foi executado com dois tiros a curta distância. Esse crime também permanece sem resposta.

A morte de Robson Luis resultou em Moção aprovada pela Federação Nacional do Fisco (FENAFISCO) solicitando providência das autoridades policiais de Rondônia para identificar e punir os culpados pelo assassinato do auditor. O apelo por justiça foi formalizado durante evento em Brasília que reuniu lideranças do Fisco de todo o país. Para a entidade, esse foi mais um capítulo da violência que assola a sociedade brasileira e causa insegurança entre a categoria fiscal.

 

 CATEGORIA QUER JUSTIÇA
O Presidente do SINDAFISCO, Mauro Roberto da Silva, lembra que a categoria chegou a fazer uma paralisação em postos fiscais do Estado pedindo a solução no caso do auditor assassinado em 2008, e que todos os anos o Sindicato se manifesta na imprensa para que a morte de Armando Dalarte não caia no esquecimento.

No caso de Robson Luis, assassinado em julho do ano passado, Mauro Roberto  informa que a Diretoria do Sindicato tem ido com frequência à Delegacia de Homicídios de Porto Velho para se atualizar das investigações, esperando que o crime seja elucidado. “Acreditamos que os órgãos de persecução criminal farão sua parte, gerando segurança com a punição dos culpados”, declarou o Presidente do SINDAFISCO.

O Diretor do Sindicato, Patrick de Carvalho, reforça dizendo que a categoria não vai descansar e esquecer o que aconteceu aos colegas. “O Poder Público, por meio da Polícia Civil, órgão sério e com preparo técnico para elucidar tais fatos, precisa dar uma resposta à sociedade acerca do que aconteceu aos auditores fiscais Armando e Robson”, concluiu Patrick.

 

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